Matriz Divina que estais nas flores, que cantas através dos pássaros, que mantém meu coração a pulsar, que estais na compaixão, na caridade, na paciência e na atitude da compreensão.
Matriz Divina que estais em mim, que estais naquele que eu amo e naquele que nem tanto…, naqueles que me ajudam a perceber a ferida em meu ego, naqueles que buscam a verdade e naqueles que pretendem permanecer na ignorância.
Santificada sejas por tudo o que é belo, bom, justo, gracioso e em tudo aquilo que classificamos como feio, ruim, injusto ou sem graça.
Venha a nós o teu reino de paz e justiça, fé e caridade, luz e amor e todos seus opostos para podermos aprender com eles também.
Seja feita a tua vontade, ainda que minhas rogativas prezem mais o meu orgulho do que as minhas reais necessidades.
Ajuda-me a compreender de onde nascem minhas ofensas, meus erros, minhas falhas e a aprender com eles.
Revele-se através de meu coração.
Dai-me compreensão para que eu possa compreender aqueles que me ofenderem, mesmo quando meu coração se sinta ferido.
Permita-me aprender com meus erros.
Livrai-me de todo o mal, de toda violência, de todo infortúnio, de toda enfermidade. Livrai-me de toda dor, de toda mágoa e de toda desilusão, que eu cause a mim e aos outros.
Mas, ainda assim, quando tais dificuldades se fizerem necessárias, que eu tenha força e coragem de dizer: Bracias*, Matriz Divina, por mais essa lição!
* Bracias é um neologismo que criei. Traduz gratidão sem ‘obrigação’.
Texto baseado no Poema Divino, publicado no site Momento Espírita, atualizado hoje (29 de setembro de 2020), para incluir a fonte, que deixei de mencionar quando publiquei, e fazer algumas alterações ortográficas que considerei importantes.