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Ao rever a paráfrase que escrevi, baseada no poema Autopsicografia, de Fernando Pessoa, no zecabatuta.blogspot.com, senti-me tentado a repostá-la aqui, mas preferi criar algo diferente. Não havia imagens na publicação original, então procurei na Internet. Além da imagem, me deparei com o texto de Mariana Sartor, que questionava com “Fernando Pessoa: médium ou esquizofrênico”, a suposta insanidade do poeta luso, mas com indicações claras de que ele era, na verdade, médium dos 72 heterônimos que Pessoa “criou”.

Na mesma hora pensei no meu amigo Odilon Camargo, que se mudou de Goiânia para Itaparica, Bahia, e, como não trocamos mensagens há algumas semanas, o contactei pelo WhatsApp: “Onde andas? Não te ouço nem te vejo.” (Meu amigo não estava bem, mas superou a doença.)
Gostei tanto da frase, que me inspirou a escrever o poema “Que faço de minha vida?”, e o dedico a ele:


Que faço de minha vida?

Por onde andas, que não te ouço nem te vejo?
Será que é falta de desejo,
ou insatisfação reprimida?

Que faço de minha vida?
Pergunta uma voz dentro de mim…

Leio que Pessoa era mais que um Poeta,
Se não só Fernando, 72 outros poetas penados
Que lhe tomavam a mão, para manifestarem
Seus sonhos vívidos, vividos ou não

E quando digito é como se o próprio fosse
Tomado de uma vontade insana de pulsionar
As consoantes e vogais que compõem a escrita da vida


Texto editado em 1º de março de 2023
Os autores das imagens usadas nesta postagem não puderam ser encontradas para receberem os devidos créditos. Se você souber quem são, favor entrar em contato comigo para que eu possa mencioná-los.

Bosco Carvalho

Bosco Carvalho

Bosco Carvalho é psicoterapeuta, jornalista, publicitário e eletrotécnico. Transita entre as atividades técnicas e as humanísticas com facilidade, pois já exerceu todas as profissões citadas. Dedica-se em sua maturidade a apoiar o crescimento interior de quem se interessa por si mesmo, como psicoterapeuta e instrutor de meditação.

Um comentário

  • Elza Nunes da Silva disse:

    No meu tempo de professora de biologia, participei de uma ONG que trabalhava com orientação sexual nas escolas públicas de segundo grau. Para isso tínhamos reuniões semanais onde juntamente com a coordenadora preparávamos a aula seguinte. Foi muito gratificante e bem recebido pela escola e pelos alunos
    Mais tarde a Secretaria de Saúde em conjunto com a Secretaria de Educação fez algo semelhante. Só que a escola não recebeu bem e fez tudo para inviabilizar meu trabalho. Isso foi no final da década de 90.

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